Alterações climáticas

 

O termo mudança do clima, mudança climática ou alteração climática refere-se à variação do clima em escala global ou dos climas regionais da Terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenómenos climáticos em relação às médias históricas. Tais variações podem alterar as características climáticas de uma maneira a alterar sua classificação didáctica. Os tipos de classificação para as regiões climáticas são: Classificação do clima de Köppen, Classificação do clima de Thornthwaite e Classificação do clima de Martonne.

Podem estar em causa mudanças no estado médio da atmosfera em escalas de tempo que vão de décadas até milhões de anos. Estas alterações podem ser causadas por processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por forças externas (como, por exemplo, variações na actividade solar) ou, mais recentemente, pelo resultado da actividade humana.

Portanto, entende-se que a mudança climática pode ser tanto um efeito de processos naturais ou decorrentes da acção humana e por isso deve-se ter em mente que tipo de mudança climática se está referindo.

Nesse uso mais recente, especialmente no contexto das políticas ambientais, o termo alterações climáticas refere-se frequentemente apenas às mudanças no clima moderno, incluindo o aumento da temperatura média global na superfície da Terra, conhecida como aquecimento global. É também muitas vezes usado com a presunção de que essas alterações são causadas pela actividade humana, como no contexto da “Convenção Quadro das Nações Unidas para a Mudança do Clima” (CQNUMC), ou “Conferência Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas” (CQNUAC), em Portugal.

No contexto da CQNUMC, as alterações climáticas são definidas como uma mudança do clima atribuída directamente ou indirectamente à actividade humana que altera a composição da atmosfera global e que em adição a variabilidade natural do clima é observada sobre longos períodos de tempo. A CQNUMC faz uma distinção entre a "mudança climática" devido à actividade humana alterando a composição da atmosfera e a "variabilidade climática" atribuída a causas naturais.

CAUSAS

Embora as mudanças climáticas globais possam ter origem em causas naturais são observadas na actualidade mudanças que podem ter outras causas, essas supostas causas vem sendo explicadas de formas diversas e a partir de diferentes perspectivas. Não há, no entanto, uma teoria comprovada capaz de concluir o que realmente está provocando o aquecimento global que é, sem dúvida, um facto.

Entre as causas comprovadas e as prováveis encontram-se as seguintes:

CAUSAS NATURAIS

O fenómeno da mudança do clima é um evento que pode acontecer de forma natural. Assim, esse fenómeno pode ter causas com origem externa, de fora do planeta, bem como origem terrestre.

INFLUÊNCIA EXTERNA

Dentre as causas com origem fora do globo terrestre temos as causas com origens solares, que vão desde a variação da energia solar que chega à terra até à variação da própia órbita terrestre.

A temperatura da terra depende do sol, que emite radiação em direcção ao planeta. Esta radiação solar, que em parte é reflectida para o espaço e o restante é absorvido pela terra em forma de calor. Esta energia não chega à terra de maneira uniforme, apesar do sol ser uma estrela de classe G e ser muito estável, essa energia aumenta cerca de 10% a cada um bilião de anos, ou seja, no início da vida na terra, quase 4 biliões de anos atrás, a energia do sol era em torno de 70% da actual.

        Outro tipo de variação da radiação solar ocorre em decorrência dos ciclos solares, que são mais importantes que a primeira, no que diz respeito à mudança do clima terrestre, visto que essa variação é uma oscilação e não somente um crescente e ocorre em períodos mais curtos.

O ciclo solar é a variação de intensidade do vento solar e do campo magnético solar. Estudos de Heliosismilogia comprovaram a existência de "vibrações solares", cuja frequência cresce com o aumento da actividade solar, acompanhando o ciclo solar que dura em média de 11 anos com mudança no ritmo dasse erupções, além da movimentação das estruturas magnéticas em direcção aos pólos solares. Tais mudanças resultam em ciclos de aumento da actividade; geomagnética da Terra e da oscilação da temperatura do plasma ionosférico na estratosfera do nosso planeta.