Terrestre

    Dentro do tema dos meios de transporte terrestres, decidimos dividir em dois sub-temas. Os ferroviários e os rodoviários. Agora vamos aprofundar um pouco a história de cada um, como apareceram e a melhor maneira de usarmos estes meios de transporte. Dentro dos meios de transporte rodoviários temos os transportes colectivos (ex:autocarro) e individuais (carros, táxis etc.).

O aparecimento das linhas de caminho de ferro teve início em Inglaterra, no início do século XIX, com a aplicação do princípio das máquinas a vapor às locomotivas. Em 1850 já havia linhas de caminho de ferro, nas proximidades de Londres, onde as locomotivas se deslocavam a mais de 70km/h, velocidade considerada na época muito elevada. Rapidamente as linhas se espalharam e, em 1869, os Estados Unidos inauguraram sua primeira linha transcontinental, a maior do mundo na época.

 

Atualmente as ferrovias se encontram em todos os continentes, e a tecnologia moderna permite alta eficiência e velocidade a esse meio de transporte. Há hoje cerca de 1,3 milhão de quilómetros de ferrovias em todo o planeta, e o Brasil apresenta a décima maior extensão de trilhos.

De modo geral, podemos afirmar que o transporte ferroviário, em quase todo o mundo, vem sendo considerado antiquado e decadente, e com isso, o volume de carga transportado pelo mundo vem decaindo, ano após ano.

O transporte ferroviário é o ideal para o transporte de mercadorias pesadas e que necessitam percorrer longas distâncias. Seus maiores problemas são a dificuldade de percorrer áreas com declives e aclives acentuados e a necessidade de reembarcar a mercadoria em caminhões para entregá-las na porta do consumidor, pois os trens não têm a possibilidade de sair de seus trajetos.

Suburbano

    Com o aumento do número de habitantes nas grandes cidades, motivado por diversos factores tais como êxodo rural, muitas correntes imigratórias, entre outras, e também devido à sucessiva transformação económica das cidades, obriga a um deslocamento diário de um maior número de pessoas.

    O transporte suburbano é composto, normalmente, por várias carruagens movidas a diesel ou eléctricas, concebido para funcionar em ligação com outros meios de transporte. Estes comboios foram concebidos para médias/longas distâncias. A circulação de bens e mercadorias entre diferentes países obriga ao cumprimento de um agregado de formalidades. Todas as mercadorias que circulam nas diversas redes ferroviárias têm de se fazer acompanhar por um documento identificativo denominado CIM (Declaração de Expedição de Tráfego Internacional), que substitui o documento de trânsito, facilitando todo o procedimento. O objectivo das empresas de comboios é inovarem e terem locomutivas que se desloquem por electricidade. São mais ecológicas, e com o elevado aumento de população mundial, é preciso criar melhores transportes públicos, mais seguros e económicos e amigos do ambiente.

 

A alta velocidade a pensar no Ambiente

    A alta velocidade surge da necessidade de uma ligação rápida entre os principais aglomerados urbanos, aumentando assim a eficácia na mobilidade das populações. Este serviço rápido de transporte ferroviário diz respeito ao transporte de passageiros a uma velocidade operacional entre 200 e 300 km/h. O transporte de passageiros a alta velocidade teve origem no Japão, com a construção da linha Tokaido Shinkansen, que liga Tokyo e Osaka, com o intuito de ser uma alternativa eficaz às auto-estradas congestionadas e aos aeroportos sobrelotados. Para além do Japão, países como a França, Alemanha, Espanha e Coreia do Sul tiveram e continuam a ter um importante papel no desenvolvimento deste sistema de transporte.

 

TGV (train à grande vitesse)

Na Europa, o comboio de alta velocidade francês, o TGV (train à grande vitesse) teve primordial importância no desenvolvimento da rede de alta velocidade. Após o sucesso do TGV francês, primeiro comboio de alta velocidade europeu, vários países da Europa seguiram o exemplo da França e, neste momento, a expansão da rede de alta velocidade é um objectivo comum a países como a Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Inglaterra, Holanda, Coreia do Sul, China e Taiwan. Na Europa, a expansão da rede de alta velocidade é uma prioridade inerente à criação da Rede Transeuropeia de Transporte.

Face a outros tipos de transporte, a alta velocidade apresenta várias vantagens. No caso do transporte aéreo, a alta velocidade é o principal concorrente uma vez que consegue tempos de viagem mais curtos, redução das exigências de check-in, redução dos procedimentos durante o embarque e localização das estações (localizadas no centro das cidades, ao invés dos aeroportos que na sua maioria se encontram na periferia). Para além disso, a rede de alta velocidade permite uma enorme capacidade de transporte, fomentando a interoperabilidade e a intermodalidade, não está limitada por condições climatéricas adversas, consegue uma elevada taxa de serviço, ao não apresentar passagens de nível, garante viagens mais seguras e o facto de o material circulante ter tecnologia de ponta, aumenta a satisfação e confiança dos passageiros. A expansão da rede de alta velocidade mundial tem tido como principais factores limitadores a especificidade das infra-estruturas necessárias, a limitação de terrenos para criar infra-estruturas específicas, a distância entre estações e a necessidade de conjugação com outros sistemas ferroviários.